sexta-feira, julho 07, 2006

30- SERENATA

Acampamentos eram freqüentes quando jovem. Freqüentei-os na Palavra da Vida (nas férias) e no Escotismo (fins-de-semana e feriados), dos 12 aos 16 anos, e na ABU, dos 19 aos 24. Mesmo em família, fazíamos freqüentes viagens acampando.
Estava em Souzas (Campinas – SP), com um grupo de universitários “abeuenses”, para um acampamento de férias. Alguns dias de muito esporte, estudos, bate-papos, brincadeiras e comida. E muita paquera, também, porque ninguém é de ferro...
Uma noite, sei lá porquê motivo, quis fazer uma surpresa pras meninas. Convidei os rapazes para fazermos uma serenata pra elas, coisa antiga já naquele tempo. Não era mais costume. Mas me deu na cabeça de fazer. Os amigos ficaram ressabiados e desistiram quando o único que sabia tocar violão quis ir dormir mais cedo. Afinal, uma serenata que se preze deve acordar as donzelas, e cansados de tantas atividades, era difícil esperar acordados que elas dormissem. Mas eu estava decidido.
Saí no meio da noite do dormitório masculino em direção ao quarto das meninas. Sem instrumento, sem habilidade vocal, sem ensaio, fui na cara e na coragem. Cantei uma ou duas modinhas de Juca Chaves, pouco conhecidas pelas meninas.
“É noite, inda brilha a lua,
na rua do amor.
O cenário é uma aquarela
pintada a sonhos
tristonho de dor.
Eu vejo surgir na esquina
a menina que vive em mim.
Tão linda e divina, ao vê-la
uma estrela
desmaia enfim...”

...fiz o maior sucesso!!! Até hoje não sei se pela interpretação, ou pela cara-de-pau...

Um comentário:

Lou H. Mello disse...

Acho que a segunda opção é certeza, já a primeira, você nunca saberá...