terça-feira, julho 24, 2007

78- PIRÂMIDE COSMÉTICA E DIVERTIDA

Assim como muitos brasileiros, também entrei para uma “pirâmide”. Só que esta, diferente de outras famosas por aí, não era tão maliciosa e maléfica.
O negócio era o seguinte: a pessoa era convidada a participar da equipe de vendas de uma indústria de cosméticos. Para ganhar dinheiro, bastava participar dos treinamentos, comprar um kit básico dos produtos do catálogo, e sair vendendo. Caso quisesse ganhar mais, era necessário acrescentar pessoas, formando e treinando uma equipe, pois uma pequena parcela das vendas delas lhe seria creditada. Tornando-se um bom líder de equipe, os ganhos indiretos – das vendas dos membros da equipe – suplantariam os ganhos diretos, de vendas próprias. E se acontessesse dos membros da equipe formarem outras equipes, melhor ainda, pois parte do resultado dessas equipes iria para quem tivesse originado a pirâmide.
Durante o pouco tempo em que participei com a Elaine dessa pirâmide, divertimo-nos muito, conhecemos muitas pessoas, algumas fabulosas, gastamos pouco e ganhamos um pouco também, o suficiente para não sair no prejuizo. Além disso, os produtos eram de excelente qualidade e agradavam em cheio toda a clientela. As pessoas que fizeram parte de nossa equipe foram beneficiadas financeiramente, apesar de ninguém ter atingido altos ganhos – ninguém ficou rico.
Não sei o que houve com a empresa depois que saí. Desliguei-me porque o nível de compromisso que exigiam era maior do que estávamos dispostos e porque a empresa concentrou sua atenção nas grandes metrópoles, e nós morávamos na então pequena Sorocaba.
Ouço ainda hoje, depois de tantos anos, de pirâmides em funcionamento; algumas mais perniciosas do que outras, mas todas perigosas por envolverem a pessoa que participa a tal ponto que a torna quase “dependente do negócio”.
Fico feliz por ter participado, mas feliz também por ter saído...

Em Angra dos Reis, nos tempos de “Bio-cosmética”

segunda-feira, julho 23, 2007

Ainda o Mike...

Pra quem ficou curioso em conhecer o bichano, achei uma foto dele, quando adulto e bonitão. Não era uma graça?

terça-feira, julho 10, 2007

77- MIKE

Mike chegou em casa junto com o irmãozinho gêmeo – dois gatinhos de poucos dias de idade, largados em frente ao portão de casa. O irmãozinho não resistiu à primeira noite, mesmo tendo sido alimentado com conta gotas e protegido numa caixa de papelão com panos macios. Mike, resistiu, mas não parecia que duraria muito – magérrimo, com raros pelos no rabinho, mais parecia um filhote de rato, de tão feio – e tratamos dele só por desencargo de consciência. Miava sem parar, 24 horas/dia, a tal ponto que tivemos que prendê-lo no banheirinho da lavanderia, pois ninguém aguentava ouvir seus miados depois de alguns dias. Aguentou, sobreviveu, mas ficou pouco afônico, praticamente não miava. Feio demais, barrigudo, com rabo de rato, cabeção e perninhas finas, andava balançandinho atrás da gente quando saíamos no quintal. Recebeu o nome Mike, na realidade, abreviatura do nome completo: Mai-qui-coisa-feia
Cresceu e ficou um gatão bonito, forte, carinhoso e inteligente. Atendia meu assobio; gostava de caminhar ao lado da gente como cão adestrado; bebia água na torneira da pia do banheiro; e era amigo dos meus cães.
Uma manhã recebi a notícia que ele havia sido encontrado morto no gramado do vizinho. O jardineiro tratou de enterrá-lo e eu nem quis ver porque disseram que ele estava inchado como que envenenado. As pessoas sentiram sua morte. Era benquisto por todos.
Já tive muitos animais de estimação: cães, gatos, pintinhos, coelhos, ratinhos, hamsters, pássaros, peixes e tartarugas. O Mike era especial. Vai sempre ser lembrado com saudade...

terça-feira, julho 03, 2007

76- BLOG, BLOGAR, BLOGUEIRO

Estas são palavras novas e excitantes para mim. Fazem há tão pouco tempo parte do meu mundo e já fazem parte das minhas melhores lembranças...
Tudo começou quando meu velho pai viu-se obrigado a aposentar-se pra valer – visto que legalmente já estava há vários anos. Veio aquele sentimento de inutilidade, de incapacidade, de estar à espera da morte somente.
Eu sabia que meu pai precisava sentir-se útil, atuante. Sabia também que ele tinha centenas de estudos preparados para ensinar na igreja presbiteriana da qual foi pastor durante mais de cinco décadas. Alguns estudos eram atemporais enquanto outros eram bem pontuais. Mas, mesmo estes mereciam ser divulgados mais amplamente, porque poucas pessoas os conheciam. E poderia ser útil na vida de alguns.
Foi quando me veio a idéia de divulgar estes estudos pela Internet. Assim, pensava eu, ele poderia animar-se a organizar seus escritos – que estavam bem espalhados pela casa – e escrever mais.
Abri uma conta no Blogger e montei o “Reflexões do Pastor Rubens Osorio” – um blog para postar os estudos bíblicos de meu pai.
Divulguei-o entre os familiares e através do jornal da Igreja Presbiteriana do Brasil. E as reações apareceram: pessoas próximas e algumas distantes no tempo e no espaço manifestaram alegria pela existência do blog!
A reação positiva animou-me a pensar seriamente em publicar na web meus textos: pequenas histórias acontecidas comigo (como esta). Assim aconteceu este meu segundo blog, “O Tempo Passa...”
Daí o vírus já havia se instalado no meu sangue e logo eu estava com meu terceiro e mais freqüente o “Salada Mista”.
Tornei-me um blogueiro. Amador, simplório, mas feliz em poder divulgar para quem se interessar, meus pensamentos, lembranças e sentimentos.
Comecei querendo ajudar meu pai... e foi ele que me ajudou !!!

segunda-feira, julho 02, 2007

Ooops !

Alguns de voces podem ter estranhado o teor do post colocado na 5a feira, de número 53, assinado pelo meu pai.
O texto foi postado por engano aqui no "Tempo Passa...".  O certo é onde está agora, no blog de estudos bíblicos, reflexões eclesiásticas e sermões  "Reflexões do Pastor Rubens Osório", onde publico semanalmente escritos de meu pai.
Desculpem a nossa falha.