segunda-feira, abril 30, 2007

Intervalo...

Durante este mes de maio não postarei lembranças neste "O Tempo Passa...", mas trarei muitas outras para postar a partir de junho.
Portanto, não deixe de programar uma visitinha daqui um mes...
Até volta !!!

71- QUEBRANDO A CARA

A escola onde estudei do 4º ao 8º ano do ensino fundamental era uma tradicional escola privada paulistana, à qual só tive acesso porque meu pai tinha desconto, pois era pastor presbiteriano e a escola (a famosa Universidade Mackenzie) pertencia à igreja.
Uma das suas grandes vantagens era ter um bom conjunto de equipamentos esportivos, pois eram todos utilizados tanto pelo ensino fundamental como pelo médio e superior, campo de futebol, quadras esportivas, ginásio coberto, salão de ginástica; só faltava a piscina.
Duas vezes por semana minha classe tinha aula de educação física com o professor Progresso, grande sujeito. Eu adorava estas aulas, até fiz parte da equipe de ginástica olímpica da escola que participou de jogos escolares. Cheguei a ganhar medalhas, não individual, mas por equipe.
Uma vez estava em pleno jogo de futebol no campo. A bola “sobrou” no meio do campo, sem ninguém por perto, parecia “sem dono”. Desatei a correr em sua direção – era bem veloz na época – e percebi que um jogador adversário também corria, perpendicular a mim, em direção à bola. Chegamos no mesmo instante. Imaginei uma jogada fenomenal: dar um leve toque pra frente com a ponta do pé, deixar o adversário passar zunindo, e sair com a bola passando por trás dele. Beleza!
Mas não deu certo. Toquei a bola antes, mas o carinha já estava em cima, e não pudemos evitar o choque. Bati o rosto no ombro dele e – fiquei sabendo no hospital - quebrei o maxilar superior!!! A história de “como eu dei um drible fenomenal” virou “como fui parar no hospital por causa de um drible que deu errado”. Com cirurgia e tudo. Coisas da vida, né?

segunda-feira, abril 23, 2007

70 - A EMOÇÃO DO TANGO

Fomos, meio de sopetão, para Buenos Aires. Pela primeira vez, Elaine e eu estávamos juntos em terras portenhas.
Passeamos muito, considerando os poucos dias que estivemos lá. Visitamos o centro da cidade, “La Calle Florida”, parques, teatros, “El Caminito”, e outros lugares interessantes.
O que marcou mais foi a apresentação de dança que pudemos assistir uma noite. Uma interessante mistura de dança, música e teatro grego e portenho. Há muitos anos não assistia uma apresentação de boa dança ao vivo, num bom teatro, e isto me dava um prazer extra.
A parte mais argentina da dança era principalmente baseada em músicas de Astor Piazzola, o grande músico de Buenos Aires. Num certo momento, como era de se esperar, tocaram “Adiós Nonino”, talvez a mais famosa composição do autor.
Ouvi-a com prazer. Mas a música, aliada à dança adquiriu um tom mais forte, tocante, e fui me emocionando aos poucos, a ponto de lágrimas rolarem pela face. Foi o ponto alto da apresentação. Saí do teatro renovado, leve, inspirado. Como a música e a dança, quando feitas com amor e competência falam à alma!
Buenos Aires tornou-se mais querida por ter-me proporcionado esta linda experiência. Espero poder voltar um dia...

segunda-feira, abril 09, 2007

69- PRESENTE PERENE

Uma amiga da Elaine deu-lhe há alguns anos um vaso de orquídea, todo florido, por ocasião do seu aniversário. O vaso era tão lindo que decidimos fotografá-lo, para termos uma lembrança quando as flores morressem.

As flores enfeitaram a sala e deram alegria à festa que aconteceu com toda a família presente. Depois, murcharam e o vaso foi colocado no quintal.

No ano seguinte, para nossa surpresa, floriu novamente, justo no mês de aniversário da Elaine. E foi muito gostoso para ela, sentir-se como se fosse presenteada de novo pela amiga.

Assim tem acontecido todo ano. Apesar de não termos tido oportunidade de encontrar essa amiga com freqüência, ela continua a presentear minha esposa todo ano e a transmitir seu carinho e amizade através das flores da orquídea.

Sem querer, essa amiga deu-lhe um presente perene. Ao chegar a época, ficamos na expectativa de ver a orquídea florir, trazemos o vaso para a sala e curtimos sua amizade, retratada na beleza das cores.