Aos doze, treze, quatorze anos de idade, é muito difícil levar a vida a sério. Levar os estudos a sério então, impossível. Mas eu era bom aluno, sempre entre os “five top” da minha classe, no Ginásio Mackenzie, de aproximadamente 40 alunos, todos do sexo masculino.
Depois do segundo ano juntos, os colegas tornam-se amigos e mais – cúmplices. Era complicado para os professores nos controlarem.
Havia um, professor de português, que dava aulas há muito tempo. Para nós, era um velho. Provavelmente não. Devia ter uns quinze a vinte anos de carreira e estar ne meia idade. Mas era meio ranzinza, isto ele era. Dava broncas, mandava alunos para a sala do diretor, era severo nas notas. Gostava de mandar quem fazia gracinhas para o “quadro negro” e então fazia perguntas difíceis só para desmoralizar o coitado. Freqüentemente, o aluno tentava, inutilmente, pensar numa resposta e rapidamente o professor ralhava: “Vamos, lerdão!”. E dava um sorrisinho de quem havia, também, dito uma “gracinha”
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