quarta-feira, agosto 29, 2007

83- O TEMPO NÃO PÁRA...

Será?
A primeira vez que visitei Paraty - RJ, ainda não existia a rodovia Rio-Santos (Br 101). Descemos a serra pela estrada construída por D. Pedro I para poder visitar uma amante... estradinha sinuosa, linda e perigosa, pavimentada com pedras.
Quando lá retornamos, havia se passado mais de 25 anos. Muita coisa mudou, é certo, mas foi emocionante andar pela área preservada da cidade, onde piso, muros, casas, igrejas, postes, tudo, mas tudo, tem os ares de século XIX, exatamente como na primeira vez que lá estive.
Não foi possível acampar, como na primeira vez, nas areias da principal praia da cidade. Ela agora é bastante movimentada, perdeu o ar de praia de pescadores que tinha, até com um pequeno estaleiro de reparos de barcos, e onde os pescadores chegavam com peixes e camarões fresquinhos até a porta da nossa barraca para oferecer. E preparávamos no fogo a lenha ali mesmo, na areia. À nossa volta, apenas sossego. Nada a temer, nada a interromper a calma do local, com o constante vai e vem das ondas compondo o fundo musical eterno.
Paraty foi uma das cidades que visitei com meus pais nas férias de verão na minha adolescência. Ficamos lá alguns dias, eu, minha irmã, meus pais e um primo, descobrindo o verdadeiro tesouro histórico e geográfico que é. Um dos lugares mais lindos que já vi, sem dúvida!
O tempo não pára, mas, em alguns lugares especiais, vale o esforço para preservar intacto, como se o tempo houvesse parado, aquilo que, caso se perca, será um prejuizo sem conta.

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