terça-feira, outubro 09, 2007

89- SIGLAS AOS MONTES

Brasileiro tem mania de sigla. Até pra nome inventam sigla, por exemplo, FHC – nome de presidente da república! E no estado do Rio Grande do Norte, o clássico do futebol é entre duas siglas, times conhecidos pela sigla e não pelo nome.
Eu tive algumas siglas importantes na vida – instituições que me ajudaram muito em fases distintas e que pude, suponho, ajudar também.
A primeira, UEB, é a União dos Escoteiros do Brasil. Dos dez aos 16 anos, participei ativamente, primeiro como “lobinho” e depois “escoteiro” do Grupo Escoteiro Umuarama, em S. Paulo. Foi um período excepcional, cheio de aventuras, aprendizado e companheirismo. Tanto as reuniões regulares aos sábados à tarde, quanto os ansiosamente aguardados acampamentos foram fundamentais para minha formação moral e social. Anos depois, em Sorocaba, pude oferecer a mesma oportunidade a meninos e meninas do grupo escoteiro que ajudei a fundar e dirigir, o G. E. “Tropeiros de Sorocaba”.
O intercâmbio que fiz pela AFS – American Field Service - foi um marco na minha vida, um ano fundamental. Minha primeira viagem internacional, primeiro ano longe de casa – e dos pais -, primeiro choque transcultural. Considero-me parte, até hoje, da família Frank e cidadão do estado da Carolina do Norte, EUA. Lá empenhei-me em organizar, na minha escola, o AFS Club, que existe ainda.
ABU significa Aliança Bíblica Universitária, e foi ela que, além de me oferecer um apoio fundamental num momento crítico como universitário, deu-me a preciosa oportunidade de conhecer a Elaine. Minha vida universitária foi rica em descobertas e coisas boas, muito por obra e graça da ABU. Dois anos depois de formado, tornei-me membro de seu staff para me envolver com um projeto muito lindo chamado Diaconia. Em resumo, a equipe deste projeto dava apoio e orientação aos universitários que se envolviam em ações de desenvolvimento comunitário em várias regiões do país.
Depois vem a ACM, nem de perto nada semelhante ao famigerado coronel da política baiana, é, de fato, a sigla da Associação Cristã de Moços, também conhecida como YMCA. Com mais de 150 anos e presente em todo mundo, ela é responsável por um bocado de coisa boa que aconteceu neste mundo – desde a invenção do basquete, do volei, do futsal até um de seus fundadores (Henry Dunant) ser o primeiro ganhador do Prêmio Nobel da Paz por ter instituído a Cruz Vermelha. Foi na ACM em S. Paulo que eu aprendi a nadar, e foi para ela, em Sorocaba, que eu trabalhei por cinco anos na formação técnica dos futuros executivos da organização, provenientes de vários países: Portugal, Angola, Peru, Chile, Bolívia, Colômbia, Panamá, Paraguai e de vários estados brasileiros.
Não tenho tido contato com estas instituições. Sei que elas continuam atuantes e fortes. Tenho a esperança de ter retribuído de alguma forma um pouco do muito que recebi na infância e adolescência.
UEB, AFS, ACM e ABU. Quatro siglas num mundo recheado delas. Para mim, entretanto, são especiais...

Um comentário:

Alice disse...

Irmão, vc é bom na caneta !! bjus pra vc