terça-feira, setembro 12, 2006

41- POLÍTICA 1

Ser um ativista político universitário nos anos 70 não era coisa simples. A trilha entre a “esquerda revolucionária e perseguida”, e o “conformismo burguês ao status quo” era estreita e mal demarcada. Além disso, o ativismo cristão era criticado pelos dois lados: por negar Marx e suas ilusões; e por pregar a rebeldia ao autoritarismo instalado. Ética e justiça eram base para atitudes que desagradavam aos dois lados. Mesmo assim, passamos incólumes.

Eu fazia parte de um grupo em SP que se reunia mensalmente para discutir “cristianismo e política”. Certa vez convidamos para a reunião um conhecido vereador, pastor evangélico, que havia sido eleito pela oposição e depois bandeara-se para a situação. Colocamos o homem em cheque e a cena foi constrangedora, ele não tinha justificativas para o que fizera, a não ser “conveniência política”. Resultado: escrevemos uma carta repudiando a sua atitude de mudar de partido sem consultar seus eleitores, traindo, assim, a confiança deles. Sem dó...

Nenhum comentário: