quinta-feira, agosto 10, 2006

37- Ah! A PRAIA!

Quando se é criança, morando numa selva de pedras como Sampa, a praia exerce uma atração mágica: água, espaço, céu, horizonte, ondas, sol. Tudo contribui para a fascinação.
Imagine então, a excitação de meia dúzia de moleques, primos, indo para a praia com a Jô (era tia, mas não gostava de ser chamada assim)!!! Era demais.
Chegamos em Praia Grande de carro, à noite, e nos instalamos num pequeno apto.
Pela manhã, muito cedo mesmo, fui acordado por meus primos que me chamavam ao banheiro. O dia amanhecera chuvoso e cinza, mas nada diminuía o entusiasmo da turma. Como devíamos esperar a tia acordar e nos dar café da manhã antes de sairmos, estavam todos apinhados uns sobre os outros, olhando pela minúscula janela do banheiro. Do nosso apto, era o único lugar da onde se divisava o mar e a praia, meio que entre prédios. Mas dava pra ver as ondas chegando na areia cinza, ao longe.
Por que será que nos sentíamos assim, embevecidos por um céu, praia e mar cinzas e longínquos? Por que será que a imagem desta cena me é tão nítida que chego a ouvir o murmúrio das ondas e sentir o aroma salgado do mar? Não sei...

Um comentário:

Lou H. Mello disse...

Vai ver você faz parte desse contexto e não da selva de pedra.