quinta-feira, dezembro 21, 2006

56- SORVETE MAIOR QUE A FOME

Poucas eram as nossas chances, morando no interior de SP e com filhos pequenos, de freqüentarmos teatro e cinema. Mas os filhos cresceram, e tentávamos aproveitar as chances que apareciam.

Assim, quando familiares de SP avisaram que estavam programando ir ao teatro, pedimos que nos incluíssem também.

Tivemos de sair cedo para S. Paulo, o teatro ficava próximo ao centro e o trânsito exigiria paciência e tempo. Além disso, não permitiam atrasos. Por garantia, saímos cedo.

Chegamos a tempo de estacionar, achar o pessoal, cumprimentar todos, saber as últimas novidades e logo fomos para nossos lugares.

A peça foi realmente muito, muito boa e terminou perto das 10 h da noite. Eu e Elaine estávamos famintos. Na família, todos haviam jantado e a proposta de tomar um sorvete e um café venceu.

Fomos para uma famosa sorveteria e o menu destacava o fato de prepararem “a maior taça de sorvete da cidade”. Elaine e eu nos olhamos, a fome bateu forte e pedimos essa taça (uma só para os dois!), enquanto todos pediam sorvetes simples.

A taça chegou, e não a achamos grande coisa - oito bolas, oito coberturas, farofa e canudinho crocante - parecia o que precisávamos para matar a fome.

Com o tempo, percebemos que o sorvete era muito maior do que imaginávamos. Todos acabaram suas taças, tomaram café e batiam papo esperando por nós... e haja sorvete!

Já no fim, a taça se tornara intragável. O sorvete derretera, misturando-se com as coberturas, fazendo um melado dulcíssimo, de arrepiar.

Desistimos e um dedo deste melado ainda ficou no fundo da taça. Saímos estufados e enjoados, de volta pra casa.

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