Poucas eram as nossas chances, morando no interior de SP e com filhos pequenos, de freqüentarmos teatro e cinema. Mas os filhos cresceram, e tentávamos aproveitar as chances que apareciam.
Assim, quando familiares de SP avisaram que estavam programando ir ao teatro, pedimos que nos incluíssem também.
Tivemos de sair cedo para S. Paulo, o teatro ficava próximo ao centro e o trânsito exigiria paciência e tempo. Além disso, não permitiam atrasos. Por garantia, saímos cedo.
Chegamos a tempo de estacionar, achar o pessoal, cumprimentar todos, saber as últimas novidades e logo fomos para nossos lugares.
A peça foi realmente muito, muito boa e terminou perto das 10 h da noite. Eu e Elaine estávamos famintos. Na família, todos haviam jantado e a proposta de tomar um sorvete e um café venceu.
Fomos para uma famosa sorveteria e o menu destacava o fato de prepararem “a maior taça de sorvete da cidade”. Elaine e eu nos olhamos, a fome bateu forte e pedimos essa taça (uma só para os dois!), enquanto todos pediam sorvetes simples.
A taça chegou, e não a achamos grande coisa - oito bolas, oito coberturas, farofa e canudinho crocante - parecia o que precisávamos para matar a fome.
Com o tempo, percebemos que o sorvete era muito maior do que imaginávamos. Todos acabaram suas taças, tomaram café e batiam papo esperando por nós... e haja sorvete!
Já no fim, a taça se tornara intragável. O sorvete derretera, misturando-se com as coberturas, fazendo um melado dulcíssimo, de arrepiar.
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